domingo, 15 de agosto de 2021

A história de Cesário de Melo.

Vamos aprender e conhecer em mais uma série para saber e conhecer.



A Avenida Cesário de Melo é uma das principais e mais extensas vias da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela atravessa diversos bairros da região, como Santa Cruz, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Campo Grande e Senador Vasconcelos. É parte integrante do antigo Caminho Imperial, uma via que unia o Rio ao sertão, passando pela Fazenda dos Jesuítas, ao longo da então Capitania do Rio de Janeiro, nos séculos XVII e XVIII.






Júlio Cesário de Melo, sendo mais conhecido apenas por Cesário de Melo. Mas afinal, quem foi Cesário de Melo?




Nascido em Recife, em 6 de setembro de 1876 foi um médico e político brasileiro. Com base política no bairro carioca de Santa Cruz no Rio de Janeiro. Júlio Cesário de Melo, mais conhecido apenas por Cesário de Melo, ficou órfão Aos 18 anos, de pai, viajou para o Rio de Janeiro para estudar Medicina. Sua mãe desejava que ele se tornasse padre, mas não tinha vocação para o ofício do sacerdócio. Chegando ao Rio de Janeiro, em 1894, começa a trabalhar em uma farmácia e logo acabou formando-se em farmacêutico e logo entraria para um curso de medicina. Cesário de Melo deu continuidade aos estudos e passou a ser interno da Santa Casa de Misericórdia e já com a graduação em medicina pela a Universidade do Brasil, em 1905. Foi Convidado para ser o primeiro cirurgião, mas preferiu dar outro rumo à sua carreira. Por intermédio de Augusto Frederico Burle, foi apresentado a Santa Cruz e as visitas ao bairro apresentaram ao médico a grave situação da saúde pública local. Em 1906 foi convidado a tornar-se médico microscopista do Matadouro de Santa Cruz e aceitou a proposta. Nesse mesmo ano, entrou para a vida política filiando-se ao Partido Libertador.Ao ingressar na política, Dr. Júlio entendeu que somente representando o povo de Santa Cruz junto ao Governo, conseguiria despertar a vontade política para transformar o bairro. Após ser eleito por dois mandatos em 1924 e 1930, Júlio Cesário de Mello chegou a Senador em 1935 e ainda se elegeu a vereador em 1948, mas renunciou por já estar muito doente. Viveu da política, porque em virtude da promessa feita à mãe, não cobrava seus serviços médicos; em seu consultório e nas visitas domiciliares que frequentemente realizava pelo "sertão carioca", eram igualmente atendidos aqueles que podiam e que não podiam pagar. Cesário de Melo faleceu em 28 de dezembro de de 1952, aos 76 anos. Seu corpo foi velado na sua residência por mais de 15 mil pessoas e o cortejo fúnebre tinha mais de cinco mil pessoas. Julio Cesário de Melo foi casado com Maria Antonieta Rodrigues Cesário de Mello, com quem teve 07 filhos.


sábado, 3 de julho de 2021

 


RESPONSABILIDADE DE EMPRESA DE ÔNIBUS EM CASO DE ACIDENTE.

Saiba quais são os seus direitos em caso de algum problema acontecer em uma viagem de ônibus.


 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Abolição da escravatura -Entenda como o Brasil demorou a acabar com o tráfico negreiro.

A abolição da escravatura foi um dos acontecimentos mais marcantes da história do Brasil e determinando o fim da escravização dos negros no Brasil. A abolição do trabalho escravo ocorreu por meio da Lei Áurea, aprovada no dia 13 de maio de 1888 com a assinatura da regente do Brasil, a princesa Isabel


Contexto histórico:

A abolição do trabalho escravo foi um assunto debatido em nosso país ao longo de todo o século XIX. Esse assunto já era discutido por algumas personalidades nos primeiros anos de nossa independência, como José Bonifácio, e se arrastou ao longo de todo o período monárquico. O primeiro assunto que tomou real importância no cenário político de nosso país foi a proibição do tráfico negreiro.

O tráfico existia no Brasil desde meados do século XVI, porém, no século XIX, os ingleses começaram a pressionar, primeiramente, Portugal e, em seguida, o Brasil para que o tráfico negreiro fosse proibido aqui. A pressão inglesa fez o Brasil assumir compromissos com a proibição do tráfico negreiro, na década de 1820.

Esse compromisso resultou na Lei Feijó, de 1831, mas, mesmo assim, o tráfico negreiro continuou, desembarcando milhares de africanos todos os anos no Brasil. Em 1845, a Inglaterra, enfurecida com a postura permissiva do Brasil com o tráfico, decretou o Bill Aberdeen, lei que permitia às embarcações britânicas invadirem nossas águas territoriais para apreender os navios negreiros.

O risco de uma guerra entre Brasil e Inglaterra por conta do Bill Aberdeen fez com que fosse aprovada uma lei, em 1850, conhecida como Lei Eusébio de Queirós. Essa lei decretava a proibição definitiva sobre o tráfico negreiro no Brasil, mas permitia que os africanos que chegaram após a lei de 1831 continuassem como escravos. Com essa lei, a repressão ao tráfico negreiro foi efetiva e, de 1851 até 1856, “somente” 6900 africanos chegaram ao Brasil.

Com a proibição do tráfico, foi iniciado um processo de transição, pois, uma vez que a fonte que renovava os números de escravos no Brasil tinha acabado, era natural que com o tempo a escravidão no país fosse abolida, já que não havia a renovação natural da população de escravos no país. A intenção dos escravocratas era tornar essa transição a mais longa possível.

Na década de 1860, a pressão sobre o Império pelo fim da escravidão era enorme, porque a Rússia havia acabado com a servidão em seu território e os Estados Unidos havia abolido a escravidão depois da Guerra Civil. Isso tornava o Brasil, Porto Rico e Cuba os últimos locais escravocratas do continente americano.

Nesse contexto, o movimento abolicionista começou a se estruturar, mas, politicamente, a pauta não avançava por conta da Guerra do Paraguai. Com o fim do conflito, em 1870, os movimentos abolicionistas ganharam força e o debate pelo fim da escravidão além de tornar-se pauta importante na política, também tornou-se um debate relevante na sociedade brasileira.

Movimento abolicionista



A abolição da escravatura no Brasil de fato, não por conta da bondade da princesa Izabel de Alcântara como todos acreditam. Tudo isso foi o resultado foi a união popular contra essa instituição, e a pressão popular sobre o Império foi o fator que fez com que a escravidão fosse abolida em 13 de maio de 1888.

Conforme o movimento abolicionista ganhava força, os grupos escravocratas articulavam-se politicamente para barrar o avanço do abolicionismo. O debate no campo político encaminhou a aprovação de uma lei, em 1871, conhecida como Lei do Ventre Livre.

Essa lei declarava que todo nascido de escrava, a partir de 1871, seria declarado livre, mas desde que prestasse um tempo de serviço, sendo libertado com oito anos (com indenização) ou com vinte e um anos (sem indenização).

Essa lei foi decretada para atender uma série de interesses dos donos de escravos, mas foi utilizada frequentemente por advogados e rábulas (advogado sem formação acadêmica) abolicionistas na defesa dos escravizados. Essa atuação na lei foi uma das formas de resistência popular contra a instituição da escravidão em nosso país. Outra lei criada pelos escravocratas para atender seus interesses de transição gradual foi a Lei dos Sexagenários, de 1885.

A mobilização abolicionista, por sua vez, não ficou reclusa a isso. Entre 1868 e 1871, surgiram 25 associações que defendiam a abolição em diferentes províncias do Brasil|2|. Um dos nomes que já estava envolvido com essas associações foi Luís Gama, advogado negro que atuou arduamente na defesa da abolição.

O crescimento da causa abolicionista aconteceu a partir da década de 1870, mas, na década de 1880, esse foi o assunto mais debatido do país. O crescimento do abolicionismo é expresso no dado que aponta que, entre 1878 e 1885, surgiram 227 associações abolicionistas no país|3|. Essa quantidade de associações contribuiu para espalhar a causa publicamente e fez com que as classes populares do país começassem a defender o abolicionismo.

Entre essas associações, a maior e mais importante delas foi a Confederação Abolicionista, associação criada por André Rebouças e José do Patrocínio. A historiadora Ângela Alonso alega que a Confederação Abolicionista “coordenou a propaganda em escala nacional, agrupando associações e desencadeando a campanha de libertação”.

A resistência contra a escravidão também ocorreu nas vias “ilegais” (pela legislação da época) e era comum que pessoas abrigassem escravos fugidos e que essas associações abolicionistas organizassem movimentos que roubavam escravos de seus donos e os levavam para o Ceará (local onde a abolição aconteceu em 1884).

Esses grupos abolicionistas criavam rotas de fuga para os escravos, divulgavam panfletos, publicavam textos em defesa da causa em jornais, organizavam conferências e eventos públicos, forjavam papeis de alforria etc. Grupos intelectualizados, como escritores, advogados e jornalistas aderiram à causa, mas também grupos populares, como associações de trabalhadores.



A movimentação contra a escravidão não aconteceu apenas pela população livre do Brasil, mas contou com o envolvimento fundamental dos escravos. A ação dos escravos foi fundamental, pois impôs os limites aos senhores de escravos e contribuiu abertamente para a abolição da escravatura em 1888.


Durante todo o século XVIII, mas, principalmente a partir da década de 1870, os escravos organizaram-se e rebelaram-se contra a escravidão. Entre as formas de resistência estão as fugas que poderiam ser individuais ou coletivas, as revoltas que exigiam melhorias no seu trato e havia revoltas que resultavam na morte dos senhores de escravos. Os escravos que fugiam abrigavam-se em quilombos que, na segunda metade do século XIX, se espalharam pelo país, sobretudo em regiões como Santos e o Rio de Janeiro. Em um desses quilombos – o Quilombo do Leblon – surgiu o símbolo do movimento abolicionista na década de 1870 e 1880: a camélia branca.




Espero que tenham gostado. saber o que aconteceu no passado, e refletir para entender o presente. Pense nisso!!!!

LEANDRO SILVA PROF DE HISTÓRIA EM FORMAÇÃO PELA A UNESA.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Interpretação de músicas. Meia Lua Inteira- Caetano Veloso.

Com certeza você já deve ter ouvido essa música alguma vez. Hoje vamos ouvi-la e descobrir o que ela quer dizer e sua tradução. Essa música,foi uma das primeiras do músico, compositor, produtor e percussionista brasileiro Antônio Carlos Santos de Freitas, mais conhecido como Carlinhos Brown. A canção, de enorme alegria sonora e rítmica, foi lançada primeiramente no álbum Estrangeiro, em 1989, do inigualável músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro Caetano Emanuel Viana Teles Veloso e foi incluída na trilha sonora da novela Tieta, livremente inspirada no romance Tieta do Agreste, do genial escritor brasileiro Jorge Leal Amado de Faria (1912 - 2001). Afinal, qual o sentido que tem essa música e ela quer dizer traduzindo a sua letra. Vamos  analisar seus verso, e descobriremos muitas curiosidades sobre ela.

                                                               Meia Lua Inteira
Caetano Veloso



quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

 


 

São Sebastião Mártir da Igreja Cristã.

 
São Sebastião foi um mártir dos primeiros séculos da igreja cristã, por professar e não renegar sua fé em Cristo.
São Sebastião nasceu em Narbona, na França, no ano de 256 da Era Cristã. Ainda jovem, mudou-se com a família para Milão, na Itália, cidade de sua mãe. Alistou-se no exército de Roma e tornou-se o  soldado predileto do imperador Diocleciano. Conquistou o posto de comandante da Guarda Pretoriana. Secretamente, Sebastião converter-se ao cristianismo e valendo-se do alto posto militar, fazia visitas frequentes aos cristãos presos que aguardavam para serem levados para o Coliseu, onde seriam devorados pelos leões, ou mortos em lutas com os gladiadores.  Com palavras de ânimo, e consolo, fazia os prisioneiros acreditarem que seriam salvos da vida após a morte, segundo os princípios do cristianismo. A fama de benfeitor dos cristãos se espalhou e Sebastião foi denunciado ao imperador. Este, que perseguia os cristãos do seu exército, tentou fazer com que Sebastião renunciasse ao cristianismo, mas diante do imperador, Sebastião não negou a sua fé e foi condenado à morte. Seu corpo foi amarrado a uma árvore e alvejado por flechas atiradas por seus antigos companheiros, que o deixaram aparentemente morto. Resgatado por algumas mulheres lideradas pela cristã chamada Irene, foi levado sob seus cuidados e conseguiu se restabelecer.
Depois de recuperado, São Sebastião continuou evangelizado e indiferente aos pedidos dos cristãos para não se expor, apresentou-se ao imperador insistindo para que acabasse com as perseguições e mortes aos cristãos.  Ignorando os pedidos, desta vez, Diocleciano ordenou que o açoitassem até a morte, e depois seu corpo fosse jogado no esgoto público de Roma, para que não fosse venerado como mártir pelos cristãos. Era o ano 287 da Era Cristã. Mais uma vez, seu corpo foi recolhido por uma mulher chamada Luciana, a quem pediu em sonho que o sepultasse próximo das catacumbas dos apóstolos. No século IV, o imperador Constantino, que se converteu ao cristianismo, mandou construir, em sua homenagem, a Basílica de São Sebastião, perto do local do sepultamento, junto à Via Appia, para abrigar o corpo de São Sebastião. Seu culto iniciou-se nesse período,
Conta-se que nessa época, Roma estava sendo assolada por uma terrível peste e que a partir do translado das relíquias de São Sebastião a epidemia desapareceu. A partir desta época, São Sebastião passou a ser venerado como santo padroeiro contra apeste, a fome e a guerra. Durante a Idade Média, a igreja a ele dedicada tornou-se centro de peregrinação e até hoje recebe os devotos e peregrinos de todas as partes do mundo. Sua festa é celebrada no dia 20 de janeiro. Um dos temas preferidos dos pintores do Renascimento, o martírio de São Sebastião foi retratado por vários artistas, entre eles, Bernini, Perugino, Mantegna e Botticelli. Em geral, o corpo é mostrado atravessado por flechas:

São Sebastião do Rio de Janeiro


São Sebastião é o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, dando seu nome à cidade, desde a sua fundação por Estácio de Sá. Conta-se que na batalha final que expulso os franceses do Rio, São Sebastião foi visto com uma espada na mão, entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os franceses calvinistas. Além do que, o dia era 20 de janeiro, o dia em que se celebra o santo.


Leandro Silva 
Professor de história em formação pela a UNESA.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

HELENA DE TROIA.

 

VOCÊ SABIA QUE A GUERRA DE TROIA SURGIU POR CONTA DE UMA MULHER BONITA.

 

Na mitologia grega, Helena de Troia foi denominada como a mulher mais bela do mundoFilha do deus Zeus com a mortal Leda, ela ficou conhecida por ter um papel importante na Guerra de Troia, uma história contada por Homero na obra Ilíada e a Odisseia. Helena foi descrita pelo poeta e dramaturgo inglês Christopher Marlowe como tendo "o rosto que lançou mil navios." Quando Helena tinha apenas 12 anos de idade, o herói grego Teseu a sequestrou e planejou torná-la sua esposa. Ele a levou para Ática na Grécia e trancou-a sob os cuidados de sua mãe. Os irmãos de Helena, Castor e Pólux, resgataram-na enquanto Teseu estava fora e a trouxeram de volta a Esparta. De acordo com algumas histórias, antes de Helena deixar Ática, ela deu à luz uma filha chamada Iphigenia. Algum tempo depois que Helena retornou a Esparta, o rei Tíndaro, seu pai adotivo, decidiu que era o momento da mulher mais bela do mundo casar. Os pretendentes vieram de toda a Grécia, na esperança de ganhar a famosa beleza. Entre os pretendentes, muitos eram líderes poderosos. Por isso, Tíndaro temia que a escolha pudesse irritar os outros, o que poderia causar problemas para seu reino. Ulisses, também um dos pretendentes, aconselhou Tíndaro a fazer com que todos os candidatos jurassem aceitar a escolha de Helena e prometessem apoiar o escolhido, caso necessidade. Os pretendentes concordaram e Helena escolheu Menelau, um príncipe de Micenas, para ser seu marido. A irmã de Helena, Clitemnestra, já estava casada com o irmão mais velho de Menelau, Agamemnon. Por um tempo, Helena e Menelau viveram felizes juntos. Eles tiveram uma filha, Hermíome ou Hermiome, e segundo algumas fontes um filho, Nicóstrato. Menelau se tornou o rei de Esparta, mas o casamento chegou a um fim repentino. Páris, um príncipe de Troia, viajou para Esparta seguindo o conselho da deusa Afrodite. Ela havia prometido a ele a mulher mais bonita do mundo depois que ele a proclamou a deusa mais bela. Quando Páris viu Helena, sabia que Afrodite tinha mantido sua promessa. Enquanto Menelau estava em Creta, Páris levou Helena de volta a Troia. Quando Menelau regressou e descobriu o ocorrido, pediu ajuda aos líderes da Grécia, que juraram apoiá-lo, se necessário. Os gregos organizaram uma grande expedição e partiram para Troia. Sua chegada a Troia marcou o início da Guerra de Troia. Durante a guerra, as simpatias de Helena foram divididas. Às vezes, ela ajudava os troianos, apontando os líderes gregos. Em outros momentos, no entanto, ela simpatizava com os gregos e não os traía quando surgiam oportunidades para fazê-lo. Helena teve alguns filhos com Páris, mas nenhum sobreviveu à infância. O príncipe morreu na Guerra de Troia, e Helena se casou com seu irmão Deífobo. Depois que os gregos venceram a guerra, ela se reuniu com Menelau e ajudou-o a matar Deífobo. Então Helena e Menelau navegaram para Esparta. Helena de Tróia era considerada a mulher mais bonita de toda a Grécia, segundo a mitologia grega, Helena era filha de Zeus com a Rainha Leda. Ela era conhecida como a mulher mais bela de toda a Grécia em sua época, a Grécia Antiga. Por sua beleza, Helena foi raptada aos 12 anos pelo herói grego Teseu. A princípio a ideia de Teseu era casar com a jovem, entretanto seus planos foram destruídos por Castor e Pólux, irmãos de Helena. Eles a resgataram e levaram de volta a Esparta. Devido a sua beleza, Helena possuía muitos pretendentes. Por essa razão seu pai adotivo, Tíndaro, não sabia qual rapaz escolher para filha. Ele temia que ao escolher um, os outros iriam se voltar contra ele. Por fim, Ulisses, um dos pretendentes da moça propôs que ela escolhesse seu próprio marido. Ficou acordado que todos respeitariam a sua escolha e a protegeriam, independente de serem ou não escolhidos. Logo depois Helena escolheu o rei de Esparta, Menelau. Ainda segundo a mitologia grega, a Guerra de Troia aconteceu porque Páris, príncipe de Troia, teria se apaixonado por Helena e raptado ela. Menelau se sentiu traído e declarou guerra contra Troia. Tudo começou quando as deusas Afrodite, Atena e Hera questionaram Páris qual delas era a mais bela. Afrodite conseguiu comprar seu voto ao lhe prometer o amor de uma linda mulher. Páris escolheu Helena. A moça, sob feitiço de Afrodite, se apaixonou pelo troiano e acabou decidindo fugir com ele. Além disso, Helena levou consigo tesouros de Esparta e algumas escravas. Menelau não aceitou o acontecimento, convocou aqueles que antes juraram proteger Helena e foi ao seu resgate. Foi desta guerra que surgiu a história do Cavalo de Troia. Os gregos, em um pedido de paz, presentearam os troianos com um grande cavalo de madeira. Entretanto o cavalo escondia em seu interior diversos guerreiros gregos que, após Troia dormir, abriram seus portões para outros soldados gregos, destruíram a cidade e recuperaram Helena.  De volta para Esparta onde os deuses, insatisfeitos com o rumo que a guerra tomou, decidiram castigar Helena e Menelau com diversas tempestades. Seus navios passaram em diversas costas, passando por Chipre, Fenícia e o Egito. O casal levou vários anos até conseguir regressar para Esparta. O final de Helena de Troia diverge. Algumas histórias afirmam que ela ficou em Esparta até morrer. Outras contam que ela foi expulsa de Esparta após a morte de Menelau, indo viver na Ilha de Rodes. Na ilha, Polixo, esposa de um dos líderes gregos mortos na guerra, mandou enforcar Helena para se vingar pela morte do marido. O casal chegou a Esparta depois de uma viagem de vários anos. Algumas histórias dizem que os deuses, zangados com o problema que Helena havia causado, enviaram tempestades para levar seus navios para o Egito e outras terras que margeiam o Mar Mediterrâneo. Muitas histórias dizem que Helena permaneceu em Esparta até sua morte. Outras relatam que ela foi para a ilha de Rodes depois da morte de Menelau, talvez expulsa de Esparta por seu filho Nicóstrato. De início, refugiou-se em Rodes por Polixo, a viúva de Tlepólemo, um dos líderes gregos que morrera na Guerra de Troia. Mais tarde, porém, Polixo mandou enforcar Helena para vingar a morte do marido. Uma versão muito diferente da história de Helena afirma que os deuses enviaram uma efígie de Helena para Troia, mas que ela realmente passou os anos de guerra no Egito.
Leandro Silva.
Professor de História em formação pela a UNESA
 

 

terça-feira, 8 de setembro de 2020

O que significa as palavras representadas no Hino Nacional Brasileiro?

 

Hino Nacional Brasileiro?

 

vamos aprender o que, significa o nosso hino nacional brasileiro e suas curiosidades.

 

O Hino Nacional Brasileiro, símbolo de exaltação à pátria, é uma canção bastante complexa. Além de possuir palavras pouco usuais, sua letra é rica em metáforas. Pelo o fato do texto seguir  o estilo parnasiano, justificando a presença de linguagem rebuscada e de inversões sintáticas, que dificultam a compreensão da mensagem. Assim, a priorização da beleza da forma na elaboração do hino fez com que a clareza ficasse comprometida. 

Você, que já sabe cantar o hino nacional, conhece-o pela melodia e musicalidade, observe as palavras em destaque e suas definições em parênteses. É provável que você se surpreenda com as informações que sempre proclamou, sem, de fato, estar ciente disso.

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas (calmas, tranquilas, serenas)
De um povo heroico o brado (grito, clamor) retumbante (que ressoa, ecoante)
E o sol da liberdade (independência), em raios fúlgidos (brilhantes, luminosos),
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor (direito) dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte (com nossa firmeza),
Em teu seio (interior, âmago), ó liberdade,
Desafia o nosso peito (coração) a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada (adorada, venerada, amada),
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido (brilhante, resplandecente)
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso (belo) céu, risonho (repleto de promessas) e límpido (claro),
A imagem do Cruzeiro (constelação Cruzeiro do Sul) resplandece (brilha).

Gigante pela própria natureza (desde que nasceste),
És belo, és forte, impávido (destemido) colosso (gigante)
E o teu futuro espelha (refletirá) essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil (generosa),
Pátria amada,
Brasil!

Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido (admirável, grandioso),
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras (cintilas, brilhas), ó Brasil, florão (ornato, enfeite) da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida (vistosa),
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro (bandeira) que ostentas (exibes) estrelado,
E diga o verde-louro (amarelo) dessa flâmula (bandeira)
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava (arma) forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra, adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada / Música: Francisco Manuel da Silva :

 

CURIOSIDADES:

Sobre os autores

Joaquim Osório Duque Estrada nasceu em Pati do Alferes (RJ) em 1870 e faleceu em 1927, no Rio de Janeiro. Além de atuar como professor do Colégio D. Pedro II e da Escola Normal, foi poeta e crítico literário.
Francisco Manuel da Silva nasceu em 1795 no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.

Estilo do texto

Trata-se de um texto parnasiano, que privilegia a forma mesmo com sacrifício da clareza da mensagem, gerando dificuldades de compreensão. Para isso, colaboram o preciosismo vocabular e as frequentes inversões da ordem do discurso, tão ao gosto dos acadêmicos do final do século XIX, mas distantes do universo das gerações atuais.

Parnasianismo e Romantismo

Sabe-se que a forma do poema é rigorosamente parnasiana, porém o seu conteúdo é romântico, inserindo-se nas propostas dessa escola literária no que se refere à exaltação ufanista. 

Canção do Exílio

Na segunda parte do hino, os trechos que estão entre aspas foram extraídos do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.

300 anos sem hino

Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino. Em 1831, Francisco Manuel da Silva compôs a melodia. A letra veio 91 anos mais tarde. Após várias opções não terem sido aprovadas pelos portugueses, em 1922, o presidente Epitácio Pessoa declarou o texto de Osório Duque Estrada como letra oficial do hino nacional brasileiro.

50 versos

A  letra do hino nacional possui ao todo 50 versos, distribuídos em duas partes rigorosamente simétricas, tanto na métrica como no ritmo

 

LEANDRO SILVA. PROFESSOR DE HISTÓRIA EM FORMAÇÃO PELA A UNESA.